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Proposta: Sair a campo com câmeras digitais e capturar uma imagem significativa; fazer análise da mesma; descrevê-la com emoção e fazendo analogias.

Simplesmente sexta-feira...

 
Era sexta-feira... E era meio dia... E em sexta-feira, já ao meio dia, estamos todos em ritmo de final de semana... Eu em ritmo... Outros já vivendo o final de semana. Ritmo porque sei que tenho muitas, muitas coisas ainda a fazer.
Perdida em meus pensamentos, deparo-me com uma cena, no mínimo inusitada... Desligo-me agora do meu eu e passo a observar a cena... Eles, para mim, eram diferentes e ao mesmo tempo parecidos. Estavam perdidos no tempo. Sim porque quando estamos com quem queremos estar, naturalmente nos perdemos no tempo. Aquela era uma sexta-feira muito agitada. Todas as pessoas, os carros, tudo passava rápido por eles, como se eles também fossem obrigados a entrar neste ritmo de correria. E por incrível que pareça, estavam lá, totalmente desligados daquela agitação, admirando-se como se fosse a primeira ou quem sabe, última vez que se viam.
Eles estavam encantados com aquele momento... e eu também. Pareciam estar cuidando um do outro, pois uma das mãos do homem estava em volta da cintura da mulher e a outra provavelmente estava junto com a dela, acariciando-a. Naquele momento, a única coisa que interessava a ambos era a pessoa que estava ao seu lado. Amavam-se tanto que se, naquele momento, alguma coisa acontecesse, estariam felizes.
Já falei das diferenças... Mas, afinal o que é ser diferente? Para uns eles podem ser diferentes, para outros tão parecidos, que complementam um ao outro. Pode ser que a única diferença seja justamente o fato de não se importarem com o que os outros pensam. Iguais por aparentar estarem tão apaixonados, como tantos outros casais pelo mundo afora. Olhando assim de longe, pode-se deduzir que gostavam de rock. O homem tinha cabelo comprido preso por uma pequena borrachinha e usava uma camiseta preta que nas costas tinha a imagem da banda Iron Maiden.  A mulher tinha muitos piercings na face, seu cabelo era menor que o de seu amado e ruivo. Um casal diferente, porém, nunca havia visto um que combinasse mais que esse.
        Eu, um ser tão inquieto, com tanta coisa para fazer, perguntava-me porque não conseguia ficar por alguns instantes assim, sem me preocupar com nada, sem me preocupar com o que os outros pensariam de mim. Vejam só, eu novamente pensando nos outros e esquecendo de mim! Por que faço isso? Por que não me desligo dos outros?  Como queria ser como eles que estavam sentados no banco da praça, sem medo de mostrar seu amor para ninguém. Estavam tão encantados um com o outro que nem percebiam as muitas pessoas ao redor. Para eles naquela sexta-feira, nada ao seu redor importava, pois os dois se importavam demais com o amor instalado entre eles para poder perder tempo com coisas bobas.
E eu? Bom, eu abandono a minha observação e continuo no ritmo na sexta-feira, pois tenho muito que fazer... um dia quem sabe conseguirei me desligar do agito do dia a dia e viverei um momento tão único quando ao que acabei de observar...

Por: Laura Pierozan

2 comentários:

  1. Laura!
    Encante-se com todas as suas sextas-feiras.
    Isso basta, acredite.
    Gislaine

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  2. Camila alberty de goes telemaco borba parana4 de julho de 2011 às 13:58

    A SEXTA E MUITO BOM PARA QUEM TEM DE SER FELIZ PARA SE AMAR FESTAR E SE DIVERTIR ENTÃO BOA SEXTA PARA TODOS MAS SE LEMBRE QUE TUDO QUE E DE MAIS FAZ MAL ENTÃO CURTA COM RESPONSABILIDADE.

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