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Desejo X realidade


         Descrever a natureza é uma tarefa grandiosa, digna de pessoas elevadas, cultas e, espiritualmente formadas. Perceber os mínimos e os máximos não é simplesmente observar e dizer o quanto ela é bela, o quanto ela é perfeita, é entender que há algo inexplicável, tão inexplicável que não podemos sequer imaginar quanto mais reproduzir sua perfeição.
         Quanto mais simples, mais grandiosa e bela a paisagem. Quanto mais oculta, mais intrigante e infinita a sua evolução. Hoje, vivemos num mundo de concreto e quando nos deparamos com imagens que nos confortam e acalmam, parecemos crianças diante de uma fantasia, sonhamos e até acreditamos num mundo melhor, com os homens vivendo em harmonia com seu meio, respeitando o seu espaço e o espaço dos outros seres.
         No entanto, a realidade é outra, cruel e muitas vezes inaceitável, mas real. Tão melhor seria se aceitássemos os nossos limites e respeitássemos os limites dos outros, como os pássaros que voam livres cada um a seu modo, a sua maneira, sem prejudicar o voo dos outros. Só assim viveríamos felizes num mundo de coisas simples, mas agradáveis, onde o maior som seria o canto dos passarinhos, o ruído das águas no leito de um rio, o barulho da chuva sobre os telhados, o estalar da lenha na fogueira, tudo acompanhado de um aconchegante abraço materno, fraterno, eterno, longe de todo o desgaste que hoje vivemos.
Ah! Como é bom sonhar! Sem contar o tempo que nos resta, sem somar as decepções, sem diminuir os sorrisos.
Por: Alexandre Mores Magarinos

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