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Uma mente aberta



Um domingo de sol, com poucas nuvens e um céu bem azul... Era essa a visão que se tinha diante da catedral de Brasília. Era pra ser só um passeio rápido, sem muitas coisas para fazer, mas por algum motivo revolvemos ficar ali parados em frente à catedral, e por um longo tempo, observando a paisagem, que por sinal era muito bonita em volta.
Brasília uma cidade grande, muito grande por sinal, com muitas, muitas opções para ir a um domingo à tarde. Vários shoppings, parques, clubes, feiras, monumentos, mas nós preferimos ir à imensa e imponente catedral. Um lugar de paz, tranquilo, com pessoas de bem em volta. Ficamos, e ficamos tempo ali. Aí parei, desliguei-me das conversas e de todos os barulhos em volta e fiquei no meu mundo somente, instigando a minha criatividade e observando bem aquela grande paisagem, envolvendo o céu, nuvens, algumas árvores e a catedral, todos esses elementos, que por sinal não são muitos, são poucos, mas esses poucos formam uma linda paisagem.
Olhando com calma e paciência pode-se observar muitas coisas diante de tudo aquilo, e eu observei várias e diferentes formas geométricas, muitos ângulos, retas, superfícies... E tudo se transformava em uma grande ilusão diante dos meus olhos. Porém, acredito que aos olhos de outros que pararem e olharem, com a mente aberta para a imaginação, também causará essa ilusão.Fiquei pensando enquanto olhava: quem será que fez? Quem projetou aquele prédio com formas tão diferentes?... Então pessoas perto de mim comentavam que foi um tal de Oscar Niemeyer... Curiosa que sou, perguntei quem era ele e os turistas, como eu, disseram que ele é um famoso arquiteto que projetou a catedral dentre outras obras famosas de Brasília.
Pesquisei mais obras desse homem, pois fiquei muito impressionada com o trabalho dele, pois ele não usa muitas retas, mas sim mais inclinadas, não tortas, meio circulares. Pesquisando, e pesquisando achei uma frase dele onde justifica as formas dos prédios em que ele projeta: “Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein.”
Encantada com a descoberta, aproveito que estou aqui em Brasília, e certamente vou conhecer outras obras desse inteligente senhor. E tudo que olhar guardarei com carinho na minha memória e levarei para o resto da vida, como uma bonita lembrança de momentos ótimos.
Por: Elisa Arrieche Martins

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